A pecuária de corte é um dos pilares do agronegócio brasileiro, setor que coloca o Brasil entre os maiores produtores e exportadores de carne bovina do mundo. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2023 o rebanho bovino brasileiro atingiu 238.626.442 milhões de cabeças, um número 12,7% superior à população do país. Esse crescimento evidencia a relevância do setor, tanto para a economia quanto para o abastecimento do mercado interno e externo.
A pecuária de corte envolve diferentes etapas produtivas, desde o nascimento do animal até o abate, e cada uma delas exige um manejo adequado para garantir a qualidade da carne e a eficiência do processo.
Neste artigo, conheça as fases da pecuária de corte e como a rastreabilidade bovina desempenha um papel fundamental para agregar valor e garantir a segurança alimentar.
O que é a pecuária de corte?
A pecuária de corte é a atividade voltada para a criação de bovinos com o objetivo de produção de carne para consumo interno e exportação. Esse setor é um dos mais importantes do agronegócio brasileiro, impulsionando a economia e consolidando o Brasil como um dos principais players globais na produção de carne bovina.
A atividade pode ser desenvolvida em diferentes modelos produtivos, que variam conforme fatores como clima, disponibilidade de pastagem e nível de tecnificação adotado. O sistema extensivo, baseado na criação a pasto, ainda é predominante no país, mas os sistemas intensivos, como o confinamento, têm ganhado espaço devido à necessidade de otimizar a produção e atender às exigências do mercado.
As fases da pecuária de corte
A produção de carne bovina é dividida em três fases principais: cria, recria e engorda. Cada uma delas desempenha um papel essencial na formação do rebanho e influencia diretamente a produtividade e a qualidade final do produto.
Fase de cria
A fase de cria é a primeira etapa do ciclo produtivo e se concentra na reprodução e nos cuidados com os bezerros recém-nascidos. Esse período envolve a gestação das matrizes, o nascimento dos bezerros e os primeiros meses de vida dos animais.
Os principais desafios dessa fase incluem:
- Manejo sanitário adequado para evitar doenças;
- Nutrição balanceada para garantir o desenvolvimento dos bezerros;
- Melhoramento genético para aumentar a produtividade do rebanho.
A rastreabilidade bovina contribui significativamente nessa etapa, pois permite registrar a origem e o histórico genético dos animais, facilitando a seleção de bovinos com melhor desempenho produtivo.
Fase de recria
A fase de recria ocorre entre o desmame e o início do engorde. Esse período é importante para o crescimento e desenvolvimento muscular dos bovinos, preparando-os para a fase seguinte.
Os principais desafios desta etapa incluem:
- Garantir uma alimentação equilibrada que favoreça o ganho de peso;
- Monitorar a saúde dos animais e prevenir doenças;
- Gerenciar o manejo para evitar perdas no crescimento.
Na recria, a rastreabilidade auxilia no monitoramento da evolução do gado, permitindo um controle mais eficiente da saúde e do ganho de peso. Isso resulta em uma gestão mais precisa e na redução de perdas durante essa fase.
Fase de engorda
A fase de engorda é a última etapa antes do abate, onde o objetivo principal é maximizar o ganho de peso e garantir que os animais atinjam padrões de qualidade exigidos pelo mercado.
Os principais desafios desta etapa incluem:
- Adoção de estratégias nutricionais eficientes;
- Controle de bem-estar animal para evitar perdas na qualidade da carne;
- Atendimento às exigências do mercado interno e externo.
A rastreabilidade desempenha um papel fundamental aqui, pois assegura a procedência da carne, garantindo a transparência no processo produtivo e atendendo às normas internacionais de exportação.
Vantagens da rastreabilidade bovina no ciclo completo da pecuária de corte
A rastreabilidade bovina desempenha um papel fundamental em todas as fases da pecuária de corte, proporcionando um controle rigoroso sobre a produção e agregando valor ao produto final.
Na fase de cria, permite que os produtores acompanhem a origem dos bezerros, registrem seu histórico genético e realizem a seleção de animais com melhor potencial produtivo. Essa identificação precoce auxilia na melhoria da qualidade do rebanho e na adoção de boas práticas sanitárias desde os primeiros dias de vida dos bovinos.
Durante a fase de recria, a rastreabilidade facilita o monitoramento do desenvolvimento dos animais, possibilitando ajustes na nutrição e no manejo para garantir um crescimento saudável. Com dados precisos sobre o histórico sanitário e nutricional, os produtores podem reduzir perdas, otimizar custos e aumentar a eficiência da produção. Esse acompanhamento detalhado resulta em um rebanho mais homogêneo e preparado para a fase final da engorda.
Já na fase de engorda, a rastreabilidade assegura que os padrões de qualidade da carne sejam mantidos, atendendo às exigências do mercado interno e internacional. A identificação individual dos animais possibilita maior transparência na cadeia produtiva, conferindo segurança alimentar ao consumidor final. Além disso, essa tecnologia auxilia na certificação de origem da carne, tornando-a mais competitiva e valorizada nos mercados estrangeiros, que demandam rigorosos controles sanitários e ambientais.
Além dos benefícios diretos para cada fase da produção, a rastreabilidade bovina também contribui para a redução de perdas e desperdícios, melhora a segurança alimentar e facilita o cumprimento de normas regulatórias nacionais e internacionais.
A adoção dessa tecnologia atende às crescentes exigências dos consumidores por produtos de origem rastreável e sustentável, promovendo maior credibilidade e competitividade para os produtores brasileiros.
Rastreabilidade como solução estratégica
A pecuária de corte é um setor fundamental para a economia brasileira, e o entendimento de suas fases é essencial para produtores e profissionais do agronegócio que desejam otimizar sua produção. A rastreabilidade bovina surge como uma solução estratégica, garantindo maior controle sobre o rebanho, redução de perdas e valorização da carne.
Investir em tecnologias de rastreabilidade é uma forma de garantir a eficiência do processo produtivo, atender às regulamentações do setor e agregar valor à pecuária de corte, tornando-a mais competitiva no cenário global.
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